A WTTC reage à abertura do Reino Unido ao Turismo e apela à harmonização internacional das regras de circulação
O Conselho Mundial para as Viagens e Turismo (WTTC), através da sua vice-presidente Virgínia Messina, reagiu ao anúncio de medidas decretadas recentemente pelo Reino Unido em relação à pandemia Covid-19: "O sector de Viagens & Turismo - e a economia do Reino Unido - receberá um enorme impulso na sequência do anúncio de que os visitantes totalmente vacinados dos EUA e da UE poderão finalmente viajar sem quarentena para Inglaterra.”
"Também a indústria dos cruzeiros deu um suspiro de alívio ao receber luz verde por parte do governo britânico, autorizando o relançamento dos cruzeiros internacionais com partida da Inglaterra, o que veio dar esperança a um sector que tem lutado para conseguir sobreviver."
"Também dá um sinal vital às companhias aéreas e às empresas de todo o sector, ao ajudar a restaurar as tão necessárias viagens transatlânticas e as ligações essenciais à UE.”
"No entanto, a menos que haja reciprocidade por parte dos EUA, o benefício das medidas não será total, mas meramente parcial. Como demostram os dados de 2019, em que no ano anterior à pandemia os visitantes americanos que se deslocaram ao Reino Unido contribuíram com mais de 4 mil milhões de libras para a economia deste país, sublinhando assim a importância e o peso económico das viagens transatlânticas entre os dois países.”
"No entanto, também é patente a falta de acção coordenada internacional na reabertura das fronteiras às viagens internacionais seguras para todos os visitantes que estejam totalmente vacinados, ou que possam apresentar provas de um teste COVID-19 negativo. A harmonização restauraria a mobilidade internacional, asseguraria protocolos simplificados para viajantes vacinados, daria mais importância ao reconhecimento global da vacina e permitiria a utilização global de 'passes de saúde digitais'".
Num comentário complementar a esta reacção, parece todavia que os países de maior dimensão, e que muitos deles são dos maiores emissores de Turismo mundial, parecem estar mais interessados prioritariamente numa recuperação económica do Turismo, em primeiro lugar voltada para uma estratégia assente nos residentes dos seus países, com campanhas promocionais que convidam a um aumento do Turismo interno, pelo que, talvez resida neste facto, um certo alheamento da harmonização das regras para as Viagens e Turismo transnacional, manifestado por diversos países.
Associado a este alheamento quanto às regras comuns, junta-se a constante incerteza que se instala nos viajantes quando, subitamente, os países de origem de grandes fluxos turísticos mudam as recomendações sobre os países de destino de férias, como se noticia hoje a situação em que se encontram os cerca de 400 mil alemães, que actualmente gozam férias em Espanha com viagens organizadas e em plena temporada de férias, que viram destruir os planos de viagem principalmente de muitas famílias com crianças, com a mudança na classificação introduzida pelo governo alemão, que passou a vigorar a partir de 27 de Julho para as pessoas que não tiverem o esquema vacinal completo ou que tenham passado pela doença, terão que ficar em quarentena por 10 dias após o retorno da Espanha (e Holanda) ou 5 dias caso o teste PCR realizado à chegada de férias seja negativo.
30 Julho 2021